Um acordo entre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Ministério do Meio Ambiente pretende agilizar a adesão dos produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma das primeiras etapas para a implementação do novo Código Florestal. A inscrição no cadastro é obrigatória e tem prazo de dois anos, no máximo. Em todo o país, mais de cinco milhões de propriedades rurais precisarão entrar na regulamentação.
Para acelerar o processo, o Ministério do Meio Ambiente solicitou o auxílio das cooperativas. A ideia é levar informação sobre o cadastro a um número maior de produtores para que a regularização seja feita o quanto antes.
– Estamos buscando as cooperativas porque elas têm um envolvimento direto com cerca de dois milhões de cooperados. São produtores, especialmente familiares, que buscam apoio, participação junto às cooperativas para produção. Entendemos que as cooperativas serão um braço aliado no processo de recuperação das áreas – aponta o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral.
Um dos objetivos do CAR é facilitar a identificação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal nas propriedades.
– A cooperativa já tem um cadastro básico do produtor. Ela já tem normalmente um técnico extensionista, agrônomo ou técnico agrícola que visita periodicamente o produtor, a propriedade, e conhece os gargalos, as potencialidades. Existe uma confiança, uma segurança entre a cooperativa e o produtor através desses técnicos, então o processo fica mais fácil – afirma o presidente da OCB, Márcio Lopes.
Os agricultores vão receber, gratuitamente, imagens de satélite das propriedades. Bastará procurar os órgãos ambientais nos Estados para ter acesso ao material. Além de obrigatório para a regularização ambiental, o cadastro é necessário para ter acesso ao financiamento agrícola.